Gestalt
Fundamentos
Fundamentos Teóricos
Segundo a Gestalt, existem quatro princípios a ter em conta para a percepção de objetos e formas: a tendência à estruturação, a segregação figura-fundo, a pregnância ou boa forma e a constância perceptiva.
Outros conceitos dessa teoria são super-soma e transponibilidade.[nota 1] Super-soma refere-se à ideia de que não se pode ter conhecimento de um todo por meio de suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas partes: "'A + B' não é simplesmente '(A + B)', mas sim um terceiro elemento 'C', que possui características próprias".[4] Já segundo o conceito da transponibilidade, independentemente dos elementos que compõem determinado objeto, a forma se sobressai. "Uma cadeira é uma cadeira, seja ela feita de plástico, metal, madeira ou qualquer outra matéria-prima."
Fundamentos básicos
Os fundamentos básicos da Gestalt - muito usado hoje em dia em profissões como design, arquitetura etc. - são:
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Segregação: desigualdade de estímulo; gera hierarquia: importância e ordem de leitura.
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Semelhança: elementos da mesma cor e forma tendem a ser agrupados e constituir unidades. E estímulos mais próximos e semelhantes, possuem a tendência de serem mais agrupados.
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Unidade: um elemento se encerra nele mesmo; vários elementos podem ser percebidos como um todo.
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Proximidade: elementos próximos tendem a ser agrupados visualmente: unidade de dentro do todo.
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Pregnância: é a lei básica da percepção da gestalt.
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Unificação: A unificação pode ser definida pela igualdade ou equilíbrio de estímulos em todos os elementos de uma determinada composição. Desta forma, tem-se um objeto coerente e harmonizado.
Símbolos como o yin-yang e as mandalas são exemplos desse tipo de lei. Eles utilizam uma proporção balanceada de proximidade e semelhança para criar a imagem de um todo harmônico e agradável aos olhos.
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Fechamento: formas interrompidas; preenchimento visual de lacunas.
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Continuidade: diz respeito à forma como a sucessão de elementos e o fluxo de informações funciona em nosso cérebro. Ela representa, ainda, a tendência de que objetos acompanhem outros no sentido de alcançar uma forma — seja pelo uso de cores, volumes, texturas e formas estruturalmente estáveis.
Muito presente na arquitetura de edifícios grandes, escalas de cores e diagramação de textos, a continuidade procura estabelecer a melhor percepção possível aos olhos.